domingo, 30 de maio de 2010

Apple, Microsoft e Google invadem 'área alheia' em disputa por mercado






Em 1976, quando foi fundada por Steve Jobs e Steve Wozniak, a Apple fabricava apenas um produto: computadores. A Microsoft, criada por Bill Gates no ano anterior, desenvolvia programas, e só. Duas décadas depois, em 1998, surgia o Google, um sistema de buscas na internet desenvolvido por Sergey Brin e Larry Page.

Em 2010, as três empresas já não se contentam em disputar apenas o mercado em suas áreas originais de atuação. Elas diversificaram suas operações, muitas vezes invadindo até o terreno que era considerado "domínio impenetrável" da rival.
A Microsoft tem um buscador, o Bing, que tenta desbancar o Google. A Apple investe em versões do iWork, concorrentes do Microsoft Office. E o Google anunciou recentemente que vai ter um produto para enfrentar o iTunes, da Apple, soberano no mercado de música digital.

Na quarta-feira, a Apple ultrapassou a Microsoft em valor de mercado para se tornar líder entre as empresas de tecnologia. A companhia de Jobs vale cerca de US$ 230 bilhões, contra US$ 228 bilhões da Microsoft. Na lista das maiores comanhias do mundo, ambas são menores apenas que a Exxon Mobil, segundo dados do índice Standard and Poor's (S&P). O Google é a 17ª da lista, com US$ 155 bilhões, desempenho nada mau para quem tem apenas 12 anos de vida.

Para efeito de comparação, há duas companhias brasileiras na lista das 50 maiores da S&P: a Vale, 20ª, com US$ 147,3 bilhões, e a Petrobras, em 25º, com US$ 135,5 bilhões.

Custo da Banda Larga impacta gastos dos bancos em Telecom




Com o incremento das operações de Internet Banking e o uso mais massificado da Web na rotina operacional e no relacionamento com os correntistas, as instituições financeiras revêem seus orçamentos na área de Telecomunicações. Em 2009, por exemplo, houve um salto de 35% nos gastos da área.

Para este ano, a tendência é que esse percentual aumente, apesar que não há estimativa oficial. Bancos apostam na queda do custo de conexão, mas admitem que essa redução não acontece na mesma velocidade de contratação de mais capacidade de transmissão.


A informação foi passada pelo diretor de Tecnologia da Febraban, Gustavo Roxo, durante a divulgação do estudo "O Setor Bancário em Números", com dados dos gastos e investimentos das instituições financeiras brasileiras em 2009, nesta quinta-feira, 27/05. na capital paulista.
"Os gastos cresceram porque é inviável pensar, hoje, uma agência, por mais que ela tenha um movimento menor para transações bancárias, sem Internet. Sem comunicação. E isso é em qualquer lugar do Brasil. Sem comunicação, não temos como funcionar", observou Roxo, ao explicar o gasto de R$ 4,13 bilhões em 2009, ante R$ 3,118 bilhões, contabilizados em 2008.


O diretor da Febraban, no entanto, assume que o ritmo de queda do custo da banda larga no Brasil não é o mesmo da demanda por aumento na contratação de velocidade de conexão. "É caro contratar banda larga, mas esse preço tende a baixar, até com as politicas governamentais que estão em discussão", observou.


Segundo Roxo, o novo correntista- alvo central das instituições para aumentar a bancarização - é um usuário Web e não há como investir em serviços bancários sem pensar na Internet. Tanto é verdade que o levantamento da Febraban constata que o número de contas-correntes e de poupança abertas em 2009 cresceu 19% desde 2007 (134 milhões e 91 milhões, respectivamente), taxa bastante similar aos 18% de expansão das contas de internet banking (35 milhões).